DIA DO ORGULHO LÉSBICO E DIA NACIONAL DA VISIBILIDADE LÉSBICA

marcado por uma série de manifestações que ocorreram em 19 de agosto de 1983, após lésbicas serem proibidas de vender um jornal com pautas que remetiam à comunidade feminista e lésbica, no então conhecido “Ferro’s Bar”, local frequentado na época majoritariamente pela comunidade LGBTQIAPN+. Esse conjunto de manifestações foi a primeira grande ação de mulheres lésbicas no Brasil e resultou na difusão das questões enfrentadas por elas na sociedade.

(imagem retirada do site https://br.freepik.com/)

Juntamente com o dia da visibilidade lésbica, comemorado em 29 de agosto, a data enfatiza anualmente a necessidade de se fazer presente o diálogo da pluralidade que ocorre dentro da própria comunidade. É sempre muito importante ressaltar que a sigla busca representar diferentes gêneros e pertencimentos, dada a interseccionalidade entre orientação sexual, raça, classe, origem, dentre outras. Nesse viés, a mulher lésbica não lida somente com questões relacionadas à sua orientação sexual, mas também com as complexidades enfrentadas por ser mulher em uma sociedade patriarcal, e caso seja, por exemplo, negra, mãe, ou caso tenha uma baixa renda, os problemas sociais presenciados por ela tomam escalas maiores.

Entre as pautas mobilizadas pelo movimento lésbico, está a mudança da sigla GLBT para LGBT em 2008, que foi uma tentativa de trazer mais visibilidade para esse grupo da comunidade, de modo a reafirmar sua existência na sociedade, além de dialogar sobre os preconceitos específicos que esse grupo enfrenta e são explicados principalmente pelos aspectos heteronormativos que se fazem tão presentes no cotidiano das pessoas. Tais aspectos implicam na necessidade de destacar pautas como os crimes com falas lesbofóbicas, com uso, por exemplo, da fetichização, ou interrogatórios sobres os papéis de cada mulher no relacionamento, os crimes como o chamado estupro corretivo (onde há uma intenção de corrigir o interesse delas em outras mulheres se fazendo da violência sexual e da ideia do patriarcado que idealiza que a mulher lésbica ainda não conheceu o companheiro ideal), ou até mesmo a morte da mulher justamente por ser lésbica, crime conhecido como lesbocídio. Ademais, questões como a saúde da mulher lésbica no SUS e a maternidade obrigatória sobre a visão heteronormativa da sociedade também são colocadas em holofote.

Portanto, as duas datas se unem na busca por igualdade e visibilidade, sempre com o ideal de orgulho por ser quem se é, e, ao mesmo tempo, resistir e reafirmar sua existência. Para que o preconceito e os crimes relacionados à lesbofobia sejam colocados cada vez mais em destaque e combatidos, é necessário denunciar. No Brasil, o Disque Direitos Humanos – Disque 100 está disponível diariamente, 24 horas por dia, incluindo sábados, domingos e feriados. As denúncias são registradas e encaminhadas aos órgãos competentes. As denúncias referentes a qualquer tipo de assédio e preconceito no âmbito da Universidade Federal de Goiás são realizadas por meio da Ouvidoria da UFG. Deve ser feita pelo site FalaBR ( https://falabr.cgu.gov.br/publico/Manifestacao/SelecionarTipoManifestacao.aspx?ReturnUrl=%2f ), e para mais informações, pelo telefone da ouvidoria (62) 3521-1149 é possível esclarecer dúvidas sobre o processo.

Fontes:

https://www.gov.br/pt-br/servicos/denunciar-violacao-de-direitos-humanos#:~:text=O%20servi%C3%A7o%20funciona%20diariamente%2C%2024,ou%20m%C3%B3vel%2C%20bastando%20discar%20100
https://ouvidoria.ufg.br/p/17748-denuncias
https://oglobo.globo.com/celina/dia-do-orgulho-lesbico-entenda-por-que-data-necessaria-1-23910817
https://www.profissas.com.br/dia-do-orgulho-lesbico-entenda-a-importancia-da-data/