Card - Mes da diversidade

SIN promove série de atividades para marcar o Mês do Orgulho LGBTQIAPN+

Programação foi composta por debates, oficina, cine debate e feira de artesanatos

Texto por: Alice Araujo (estagiária de Jornalismo)

 

Entre os dias 20 e  26 de junho, ocorreram diversos eventos elaborados pela Diretoria de Mulheres e Diversidades da Secretária de Inclusão da UFG (SIN) para visibilizar o mês do Orgulho LGBTQIAPN+ (Lésbicas, Gays, Bissexuais, Transexuais, Queer, Intersexo, Assexuais, Pansexuais e Não-binários). A programação contou com debates presenciais e em modo remoto, oficina, mostras culturais de artistas, cine debate e uma feira de artesanatos.

 

Oficina de Autocuidado

 

Dentre as ações, a sede da Secretaria de Inclusão da UFG foi espaço para uma roda de conversa mediada pelos profissionais do Subsistema Integrado de Atenção à Saúde do Servidor (SIASS/UFG), o psicólogo Robert Veras e a psiquiatra Manuella Rodrigues. Os participantes, em sua maioria pessoas LGBTQIAPN+, tiveram o acolhimento emocional, tornando um momento de compartilhamento de histórias, empatia e da escuta com atenção sobre situações e vivências que acabam passando no dia a dia.

Com o intuito de trabalhar o significado do autocuidado, o método foi proposto de acordo com o que acontecia no decorrer das falas de cada um dos participantes, de modo horizontal nas relações dos mediadores e participantes, colocando os 3 componentes: “Consciência, gentileza dirigida para si mesmo e a humanidade em comum”, pesquisados pela estudiosa Kristin Neff, sobre autocompaixão, informou Robert Veras.

Durante a oficina, foram ensinados e experimentados alguns tipos de práticas de meditação. Também foram abordadas diferentes formas de interação e o ato de ouvir. Todos os participantes foram convidados a falar, sem que houvesse julgamentos sobre como se sentem no mundo.  A psiquiatra Manuella Rodrigues explicou a importância do direito à diferença: “Ninguém quer ser igual a ninguém, e não somos.  Na  verdade o que brigamos é para que essas diferenças não possam impedir os direitos para todos”, comentou.

O psicólogo Robert Veras disse que a oficina foi a primeira vez em que ele trabalhou com um grupo de pessoas LGBTQIAPN+, e se sentiu gratificado pela oportunidade: “Foi muito emocionante, porque eu sou um homem gay, e já tenho uma experiência com o público servidor em geral e queria esse momento no mês do Orgulho”.

Autocuidado 2

Outras atividades

 

A diretora de Diversidade e Mulheres da SIN, professora  Kellen Prado,  falou sobre a importância de iniciativas voltadas para a comunidade LGBTQIAPN+: “Incluímos, na medida em que a gente propõe ações concretas e políticas institucionais que visam dar a essas pessoas condições para ingressarem na Universidade, sendo presentes e permanentes nesses espaços. Essas medidas são tão importantes quanto fazer discussões a respeito disso e sobre como podemos tornar a universidade um ambiente cada vez mais preparado para recebê-los”.

Entre os dias 20 a 26 de junho, ocorreram várias outras atividades com o objetivo de debater as demandas da população LGBTQIAPN+. A programação organizada pela SIN incluiu debates e mostras culturais. 

Confira o que ocorreu durante os dias da programação:

 

De 20 a 22 de junho - FEIRA DA DIVERSIDADE: A feira teve a participação de artistas, vendedores de artesanatos, brechó e entre outros produtos, no pátio das Humanidades, no Câmpus Samambaia da UFG.

Feira da Diversidade DMD

21/06 - PEDAGOGIA DAS TRAVESTILIDADES: DIVERSIDADE SEXUAL E DE GÊNERO NO CURRÍCULO: De forma remota, no canal “UFG Oficial” do Youtube, o evento foi mediado pela diretora de Mulheres e Diversidades da SIN, professora Kellen Cristina Prado da Silva, onde juntamente com a autora do livro “Pedagogia das travestilidades”, Maria Clara de Araújo dos Passos debateram sobre sua obra sobre registros do Movimento Trans no país que mais assassina pessoas Transexuais e travestis, o Brasil. Além disso, conectam com a necessidade de valorizar a existência delas nas instituições de ensino, tendo maior inclusão sobre gênero e identidade nas políticas educacionais básicas, utilizando desde o uso do nome social, políticas de permanência, equidade dentro do mundo acadêmico e as oportunidades na abertura de possibilidades pedagógicas, garantindo assim, a cidadania.

 

Dia 26/06 - CINEDEBATE COM CONVIDADAS E COFFE BREAK: O evento foi mediado pelas psicólogas Bianca Camargo e Luna Filgueiras, e pela artista Âmbar Pictórica, integrantes do Coletivo Camaleoa. A discussão foi realizada após exibição do filme “Bicha Travesty”, documentário que aborda a carreira da cantora Linn da Quebrada como artista, além da sua influência e apoio às causas de gênero, classe e raça.

ADUFG DMD

 

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