Card Combate Intolerancia Religiosa

Dia Mundial da Religião/Dia Nacional de Combate à Intolerância Religiosa

O dia 21 de janeiro marca o “Dia Mundial da Religião” que foi proposto pela Assembleia Espiritual Nacional, em 1949, a fim de promover o diálogo, a tolerância e o respeito entre todas as religiões. 

No Brasil também se comemora, nesta mesma data, o Dia Nacional de Combate à Intolerância Religiosa, instituído por lei federal em dezembro de 2007. A data faz menção à morte de Gildásia dos Santos e Santos, conhecida como Mãe Gilda, fundadora do terreiro de candomblé Ilê Asé Abassá.

Mãe Gilda de Ogum (1936-2000)

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Fonte: https://www.palmares.gov.br/?p=34790

 

A candomblecista foi taxada como charlatã por pessoas de outras religiões e foi, inclusive, alvo em matéria jornalística intitulada “Macumbeiros e Charlatões lesam o bolso e a vida dos clientes”. Após a publicação dessa matéria, a perseguição se intensificou e vândalos atearam fogo em sua casa e terreiro, além de agressões verbais e físicas sofridas. Como resultado da perseguição, Mãe Gilda ficou com sua saúde fragilizada e teve um infarto fulminante, indo a óbito em 21 de janeiro de 2000.

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Fonte: Reprodução/Folha Universal

 

Mãe Gilda deixou uma filha, Jaciara Ribeiro dos Santos, que moveu uma ação por danos morais e uso indevido da imagem contra a igreja responsável pela publicação. A Igreja foi condenada em 2009 e teve de pagar uma indenização à filha e ao marido da vítima. 

Além da instituição do dia nacional de combate à intolerância religiosa, foi construído em 2014 um busto de Mãe Gilda em Salvador e, desde sua inauguração, o busto já foi alvo de vandalismos várias vezes.

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Fonte: https://www.brasildefato.com.br/2019/01/21/dia-de-combate-a-intolerancia-religiosa-completa-12-anos-com-terreiros-sob-ataque

 

Uma das formas de coibir esse ódio é através da denúncia, atualmente, o Disque Direitos Humanos (100) que é uma das fontes em que delações desse cunho podem ser feitas. Entre 2015 e o primeiro semestre de 2018, foram 1.729 casos de intolerância religiosa registrados pela Secretaria de Direitos Humanos.

Outra forma de fazer cessar esse tipo de ódio é por meio da prevenção pela educação: “a desinformação, o preconceito, a discriminação, e a intolerância continuam sendo os principais motivos de desrespeito às religiões”, defende a Secretaria de Justiça e Cidadania do Estado de São Paulo.

Respeito à diversidade, acolhimento ao diferente, caminhada à paz!

 

A UFG atualmente disponibiliza um canal para denúncias de violências ou abusos de qualquer cunho, por meio da Ouvidoria. Caso você presencie algo do tipo, colete provas quando possível e denuncie.

 

Ouvidoria UFG: ouvidoria.ufg.br

É o órgão responsável por receber denúncias de qualquer tipo violência, como assédio, discriminação, LGBTQIAfobia, capacitismo e racismo no âmbito da Universidade.

 

Disque Direitos Humanos: Disque 100

É por meio deste serviço que as denúncias de violação de direitos de grupos socialmente vulneráveis, como mulheres, comunidade LGBTQIAP+, pessoas negras, com deficiência, crianças, adolescentes e idosas, são acolhidas e encaminhadas aos órgãos competentes, sendo analisadas pelo Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos.

 

Fontes:

https://justica.sp.gov.br/index.php/21-de-janeiro-dia-nacional-de-combate-a-intolerancia-religiosa/

https://www.brasildefato.com.br/2019/01/21/dia-de-combate-a-intolerancia-religiosa-completa-12-anos-com-terreiros-sob-ataque

https://www.palmares.gov.br/?p=34790

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