18 de novembro: Dia Nacional de Combate ao Racismo
Nesta sexta-feira, 18 de novembro, se comemora o “Dia Nacional de Combate ao Racismo”
O racismo é socialmente definido no Brasil pela discriminação que sujeitos sofrem, de forma individual ou grupal, por suas características físicas (cor da pele, textura de cabelo e/ou outros traços) ou culturais, que remetem a origem étnico-racial de algumas populações. Esse tipo de preconceito tem uma raiz histórica e social. O contexto da colonização brasileira centralizou o poder político e social nas mãos de europeus, enquanto os negros e indígenas eram escravizados, assasinados e tratados de forma desumana. Percebe-se, portanto, que a sociedade brasileira se estruturou em uma base racista.
Esse passado ainda é cultivado, mesmo que de formas alternativas, e os efeitos ainda são colhidos por nossa população negra e indígena. As taxas de homicídios são mais altas entre jovens negros e a população negra é a que mais sofre com a deficiência nos serviços básicos e auxílios estatais, além da maior dificuldade de reivindicar os direitos básicos de todos os cidadãos. As consequências são econômicas e psicossociais.
De acordo com o Estatuto da Igualdade Racial (Lei n° 12.288, de 20 de julho de 2010), as Ações Afirmativas são uma forma de mudar essa realidade, são “programas e medidas especiais adotados pelo Estado e pela iniciativa privada para a correção das desigualdades raciais e para a promoção da igualdade de oportunidades” (Art. 1°, VI). Uma das ações afirmativas propostas pela federação foi a implantação de cotas raciais nas Universidades, que já é realidade na UFG há 14 anos. Com isso garante-se uma porcentagem de vagas para alunos oriundos de escolas públicas que têm baixa renda, são pessoas com deficiência e/ou são negros, pardos ou indígenas. Ademais, em 2022, foi criada a Secretaria de Inclusão que tem como objetivo garantir a inclusão, nas dimensões de ingresso e permanência, de pessoas pertencentes a grupos historicamente menorizados. Outrossim, conta com uma Diretoria focada em Ações Afirmativas.
A educação (e, como consequência, a Universidade) tem papel fundamental na desconstrução de preconceitos, inclusive o racismo. O objetivo do conhecimento é propiciar maior respeito, evolução e qualidade de vida a todos os seres humanos.
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