23/09

Dia da Visibilidade Bissexual

Anualmente, o dia 23 de setembro  marca a luta da comunidade bissexual contra a bifobia, o preconceito e a invibilidade.

A data remete ao dia 23 de setembro de 1999, quando ativistas bissexuais se reuniram nos Estados Unidos para tornarem a data uma referência internacional de luta e também de celebração da bissexualidade. A escolha da data se relaciona com a morte de Sigmund Freud, um psicanalista de grande importância que trouxe em suas obras a temática da bissexualidade, apresentando possibilidade de diferentes disposições sexuais simultâneas, rejeitando a existência de uma sexualidade puramente  biologicista, mas vendo como algo a depender de fatores psíquicos - o que não havia sido feito anteriormente.

Vale informar que indivíduos bissexuais são aqueles que sentem atração afetiva, emocional, física e/ou sexual por mais de um gênero. Essa atração não acontece, necessariamente de forma igual, como 50% de atração por homens e 50% de atração por mulheres, sejam eles cis ou trans. Essa atração pode se dar de formas e intensidades diferentes, sendo que isso não qualifica uma pessoa como mais ou menos bissexual. 

Mesmo após 23 anos, muito preconceito ainda rodeia a comunidade bissexual, dentro e fora do meio LGBTQIA+ - principalmente pelos estigmas e falta de informação que perpassam nossa sociedade. A bissexualidade é altamente associada à indecisão ou mesmo tida como algo impossível. A bifobia leva inúmeros sujeitos ao sofrimento psíquico, como muita angústia devido à pressão para “descer do muro”. A desvalorização, descrença e desrespeito à existência de pessoas bissexuais, leva a impressão de que elas precisam se adequar socialmente (isso seria ser monossexual, ou seja, ter atração em somente um gênero). A ausência de acolhimento e aceitação é forte na vida dos sujeitos bissexuais.

É de muita importância dar visibilidade à comunidade bissexual,  a fim de que o conhecimento e a inclusão desta orientação seja disseminada. É essencial o papel e preparo das instituições públicas e privadas na promoção dessas políticas públicas e de acolhimento, contudo mudanças diárias individuais se fazem necessárias, afinal a invisibilidade bissexual também se concretiza em “pequenas” situações cotidianas. 

A UFG atualmente disponibiliza um canal para denúncias de violências ou abusos de qualquer cunho, por meio da Ouvidoria. Caso você presencie algo do tipo, colete provas quando possível e denuncie.

 

Ouvidoria UFG: ouvidoria.ufg.br

É o órgão responsável por receber denúncias de qualquer tipo violência, como assédio, discriminação, LGBTQIAfobia, capacitismo e racismo no âmbito da Universidade.

 

Disque Direitos Humanos: Disque 100

É por meio deste serviço que as denúncias de violação de direitos de grupos socialmente vulneráveis, como mulheres, comunidade LGBTQIA+, negros, pessoas com deficiência, crianças, adolescentes e idosos, são acolhidas e encaminhadas aos órgãos competentes, sendo analisadas pelo Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos.

Centro de Referência Estadual de Igualdade: 3201-7489 ou 98306-0191 

Localizado na Secretaria da Praça Cívica, este Centro promove atendimento psicológico, jurídico e encaminhamento para capacitação profissional às vítimas de qualquer tipo de violência, preconceito e discriminação, ou ainda, que estejam em situação de vulnerabilidade social.

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