Gênero e Diversidade sexual no HC/UFG: desafios e acolhimento
A Secretaria de Inclusão (SIN) participou de roda de conversa sobre “gênero e diversidade sexual” realizada pelo Hospital das Clínicas (HC)
Na manhã do dia 21 de junho de 2022 aconteceu o segundo encontro do Ciclo de Palestras proposto pelo HC à Secretaria de Inclusão. O projeto visa a capacitação de servidores/as do Hospital junto aos assuntos relacionados às ações afirmativas, gênero e diversidade sexual e acessibilidade.
O encontro, que aconteceu via google meet, contou com a Secretária de Inclusão, professora Dra. Luciana Dias e com a mestranda Larissa Rios, travesti, negra e periférica. O debate contou com a mediadora Renata Moura e tratou da temática Gênero e Diversidade sexual no HC/UFG: desafios e acolhimento.
A conversa se iniciou com a fala da professora Luciana Dias que expôs questões de gênero, binarismo, sexualidade, identidade e interseccionalidade, entre outras problemáticas que envolvem os aspectos socioculturais e históricos do tema proposto. A secretária também trouxe dados e fatos sobre violências de gênero na sociedade e na universidade e suas consequências físicas e psicossociais nas vítimas. A professora finalizou sua exposição apresentando o posicionamento da UFG nas lutas por direitos humanos e justiça social e destacou o papel fundamental da educação na construção de uma sociedade mais justa e igualitária. Encerrou convocando todos/as/es a se posicionarem lado a lado das pessoas violentadas.
A mestranda Larissa Rios iniciou sua fala se apresentando como travesti, negra e favelada e destacou o papel importante das cotas para sua vivência e defendendo a continuidade da política em nosso país e centraliza suas discussões nas questões que envolvem pessoas trans. Ela provocou os presentes acerca da marginalização das pessoas transexuais e travestis, da violência implícita e explícita que essa população sofre apenas por existir, dos índices de prostituição compulsória e mortalidade das travestis no Brasil e da dificuldade de acesso de pessoas trans a direitos básicos como saúde e educação e do papel das pessoas/sociedade cis nessas opressões. Finalmente chamou as pessoas presentes uma reflexão acerca dos posicionamentos das pessoas cis diante das opressões do (cis)tema.
Logo em seguida, a discussão foi ampliada para todos os presentes que apresentaram suas dúvidas, contribuições ao debate e apontamentos. Finalizando assim uma manhã de muitas trocas e aprendizados que muito contribuem para uma formação, qualificação e sensibilização, fundamentais para a constituição da Universidade plural, democrática e inclusiva, que queremos.
O Ciclo de Debates que se iniciou com a discussão sobre cotas na Universidade ainda continuará com encontros mensais realizados pelo Hospital das Clínicas, em parceria com a Secretaria de Inclusão.
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