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III Julho das Pretas na UFG - Contra o Racismo, por Reparação e Pelo Bem Viver.

No último dia 25 de julho de 2024, o Museu Antropológico da Universidade Federal de Goiás (UFG) foi palco do III Julho das Pretas, evento que celebrou a força, a resistência e a contribuição das mulheres negras para a sociedade brasileira. Com uma programação rica e diversificada, a iniciativa reforçou o compromisso da UFG com a promoção da igualdade, diversidade e inclusão.

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A cerimônia de abertura contou com uma performance cultural apresentada por Karina Stormy.

foto da abertura

A mesa de abertura incluiu importantes representantes da UFG:Profª Heliny Carneiro Cunha Neves, Pró-Reitora Adjunta da PROGRAD, representando a Reitora da UFG; Profa. Ana Paula Purcina Baumann, Secretária Adjunta de Inclusão da SIN/UFG; Valdinésia Pereira da Cunha, Representante Quilombola do Programa UFGInclui; Rossana Klippel, Vice-Diretora do Museu Antropológico.

Os discursos iniciais, proferidos por Ana Paula Purcina Baumann e Valdinésia Pereira da Cunha, destacaram a importância do movimento em todo o Brasil. Professora Ana Paula reforçou como esta III edição consolida a agenda da UFG e fortalece as parcerias com coletivos de mulheres negras, enquanto Valdinéia da Cunha destacou a importância da mulher negra na base da sociedade, fazendo referência à ativista Angela Davis. A representante da Reitora, Profª Heliny Neves, também enfatizou o compromisso da instituição com a inclusão e a diversidade e Rossana Klippel agradeceu a oportunidade de o Museu ser palco de um evento tão abrangente e necessário.

A programação do evento foi repleta de atividades, proporcionando um espaço de diálogo, aprendizado e celebração. Destaques incluíram:

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Roda de Conversa: Mediada pelo Coletivo Malunga, discutiu temas cruciais para a comunidade negra, com ênfase na Marcha de Mulheres Negras por Reparação e Bem Viver, prevista para 2025. Esta marcha, a 2ª Marcha Nacional de Mulheres Negras, visa fortalecer as lutas e iniciativas das mulheres negras, buscando a reparação histórica e o bem viver. Nos últimos 50 anos, a ação política das mulheres negras promoveu avanços significativos, incluindo o reconhecimento do racismo e da discriminação racial como fatores de produção e reprodução das desigualdades sociais. A Carta da Marcha das Mulheres Negras contra o Racismo, a Violência e pelo Bem Viver, lançada em 2015, continua sendo um documento essencial. https://amnb.org.br/manifesto-do-julho-das-pretas-rumo-a-marcha-das-mulheres-negras-por-reparacao-e-bem-viver-brasilia-2025/

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Roda de conversa sobre Saúde Mental: Conduzida pelo Coletivo Camaleoa, com a presença da médica obstetra Thaís Borges e da psicóloga Milena Nunes, representante da Gerência de Saúde Mental da Secretaria de Estado da Saúde de Goiás

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Lançamento da Campanha UFG Inclusiva: Coordenada pela Profa. Maria Meire Ferreira, Diretora de Mulheres e Diversidades da SIN/UFG, e sua equipe. Feiras e Exposições: Incluíram a Feira Agroecológica, Feira Multiétnica Primavera Preta, Feira Intercultural e Mural de Poesia organizado pelo Coletivo GSex.

saude exposição negra

Simultaneamente, foram realizados atendimentos de saúde pelas Ligas da Saúde, incluindo projetos de atenção à saúde da população negra - PUC, Liga da Enfermagem – UFG e Projeto Epilepsia em Foco - UFG.

artistica arte

Durante o evento, também foram realizadas oficinas de trança nagô e pinturas indígenas, que consagraram as culturas dos povos originários e tradicionais, oferecendo uma rica imersão nas práticas culturais e artísticas desses grupos.

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Nesta edição, o evento contou com a participação do Ministério Público. O Promotor de Justiça Paulo Henrique Otoni, integrante do Núcleo de Diversidade e Combate à Discriminação (NDCD) do MP, e a Promotora Rúbian Corrêa Coutinho, coordenadora da Comissão Permanente de Combate à Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher (Copevid), contribuíram significativamente para as discussões, promovendo maior transparência sobre a atuação do Ministério Público.

evento das pretas

O evento também ofereceu uma oficina de turbante ministrada por Saturnina Costa, egressa da UFG, com posterior apresentação da Colettiva Preta por Érika Santos. As exposições "Lavras e Louvores" e "Redes Saberes e Ocupações: 50 Anos do MA/UFG" estiveram abertas à visitação durante todo o evento.

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O encerramento foi marcado pela apresentação artístico-cultural do grupo Coró Mulher, culminando um dia de celebração e fortalecimento das redes de apoio e luta das mulheres negras.

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O III Julho das Pretas na UFG reafirma o compromisso da universidade com a promoção da igualdade, diversidade e inclusão, proporcionando um espaço de reflexão, aprendizagem e celebração das mulheres negras.

 

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